É cada vez mais evidente o conluio das instituições burocráticas e o
capital empresarial (as últimas votações na CMN mostram a força do
SETURN no que diz respeito à imobilidade urbana) e seu poder ofensivo de
determinar cada aspecto da vida cotidiana na medida que os
mercantilizam.
Nas manifestações populares
denunciando a lógica mercantil do direito de ir e vir, os ataques são
constantes, quer pela força armada do Estado – a polícia -, quer seja
pelo poder legislativo ou judiciário – a burrocracia autoritária –,
revelando a natureza fascista destes poderes, e a quem servem estas
instituições; a saber: a manutenção de um sistema perverso, que busca
silenciar as vozes questionadoras de uma população indignada, que visa
cada vez mais e com mais precisão o controle dos corpos que são
diariamente explorados para a manutenção de um pequeno número de
privilegiados, criminalizando e marginalizando todo aquele que não se
conforma com tais condições e as migalhas jogadas pelos profissionais do
privilégio.
As atuais expressões desta
incessante busca de criminalizar os que ousam lutar, foram as
declarações fascistóides das mídias tradicionais hegemônicas, buscando
sobretudo bodes expiatórios em pessoas, grupos e movimentos sociais na
tentativa de escamotear a crise estrutural do sistema totalitário da
mercadoria, convertendo-a em escaramuças isoladas e locais.
Além da recente ofensiva por parte de políticos corruptos, que
manifestam
os interesses do SETURN, se lixam para a população de Natal, empenhados
que estão, na criminalização dos ocupantes da CMN, esta, sendo uma
expressão legítima da revolta popular, que não mais confia, nem pode
esperar, pelos caminhos burrocráticos do terreno da política burguesa e
também não mais admite, e sabe bem o que significa, a celeridade em
criminalizar manifestantes mascarados quando comparada à morosidade em
apurar crimes de improbidade administrativa, que nada mais é que o uso
que se faz de um cargo público para enriquecimento ilícito,
enriquecimento fácil pela exploração burocrática do povo.
Agora
estes comprovados criminosos, invertendo completamente a perspectiva
ética, querem calar as vozes dissonantes que habitam a casa que se diz do povo, materializada na tentativa de cassação dos vereadores do PSOL , Sandro Pimentel, Marcos Antônio e PSTU Amanda Gurgel.
Diante deste cenário de aumento da escalada repressiva e a criminalização dos lutadores e respectivos movimentos sociais, não nos calaremos. Internacionalizemos a luta: universalizemos a esperança!
A luta pelo Passe-Livre avança sob repressão, balas de borracha, gás de pimenta, e criminalização midiática, mas nós não recuaremos, não nos intimidaremos, nada deterá a luta e os processos sociais em curso.
TODA FORÇA A QUEM LUTA POR UMA VIDA SEM CATRACAS!!!